quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Análise


A professora fala do fato dos alunos não darem o devido valor à leitura e menciona as principais causas, que são a desmotivação e indisposição, lembrando que essa motivação que ela pressupõe, não tem que vim só da escola/ aluno, professor/aluno, mas sim principalmente dos pais, pois por mais que o professor seja dedicado ao dar suas aulas, ele precisa que os pais também os incentivem, pois os filhos são o espelho dos pais, se os filhos notam desde pequenos que seus não praticam a leitura e a escrita e ainda sobrevivem, eles vão entender que então não tem muita importância para nós cidadãos.
Segundo ela, é preciso haver reformas como: aulas mais atrativas, motivações, projetos com as comunidades, sim concordo com essa questão, mas também devo lembrar que nem sempre a escola tem condições de fazer tais projetos, como por exemplo, algumas escolas públicas, assim sendo difícil não só para o professor dar suas aulas, mas também para o próprio aluno compreenda o que está se passando, infelizmente ainda é essa a realidade do povo Brasileiro.
  Ela diz que a fala deve se adequar a situação, relacionando a situação social do cotidiano, mas no caso dos alunos, como eles ainda estão em fase de aprendizagem.






A professora mostra com sua própria experiência, que a metodologia de ensino da língua materna está defasada. Ensinar os alunos que a norma culta é a correta a ser seguida, e não abranger as variações duma língua prioritariamente falada, demonstra a inibição do sistema educacional;  sistema que a cada ano vem tentando cultivar o respeito à língua e a importância da leitura. Com esses motivos soma-se o despreparo que os professores da rede de ensino do Brasil tem no tratamento das variações lingüísticas, perceptível na falta de apoio recebido pela professora com o projeto Ligando Idéias.
A tradição no que se refere à rejeição das variações poderia ser rompida há muito tempo, se não existia uma resistência das minorias em aceitar a ascensão da maioria falante da língua. O que há é uma imposição meramente social da classe altamente “culta” às classes historicamente “desprovidas de intelecto”;  restando a dúvida do que haverá por trás dessa imposição.
A escola é o primeiro terreno fértil para que a revolução no ensino da língua materna aconteça de forma eficiente, garantindo um futuro mais verossímil no  tratamento dado à língua falada.






De acordo com o depoimento de uma professora não podemos aceitar que o aluno chegue ao ensino médio sem que tenha o domínio da língua culta. Ela afirma que devido ao extenso conteúdo da disciplina Língua Portuguesa, que chega até a ter repetições, temos que esperar dos alunos que saibam se expressar na norma culta com desenvoltura e segurança. Porém, a docente não atribui nenhuma culpa da deficiência no trato da norma culta aos alunos. Segundo o seu entendimento a culpa é dos professores e para sanar o problema é necessária uma dedicação muito grande dos professores, dedicação esta associada ao prazer de ensinar. Se não houver prazer no ato de ensinar o resultado não será bom. 
        Questionada sobre a leitura, a docente explicou que incentiva seus alunos a lerem com muita frequência e a fazer um diário contando suas experiências. A professora trabalha com uma ciranda de livros, o que auxilia muito o aprendizado dos alunos, pois eles precisam ler livros de uma lista e não apenas os livros didáticos. Após a leitura, os alunos respondem a questões sobre assuntos descritos no livro. O diário tem por objetivo aumentar a criatividade dos alunos e por isto não tem os seus erros de português corrigidos. O que interessa nesta situação é fazer com que os alunos tomem gosto pela escrita. Esta atividade tem dado bons resultados, pois os alunos, com o passar dos meses, tendem a escrever um número bem maior de linhas no diário.
        Foi importante também indagar se o aluno que tem mais conhecimento da norma culta menospreza os que não possuem o mesmo conhecimento. A docente explicou que isto não acontece. Mesmo tendo alunos de diferentes níveis sociais, a escola não encontra problemas de nenhum tipo de discriminação. A escola promove a integração entre todos os alunos, independentemente de suas condições sociais e pratica a filantropia. Isto tem dado bons resultados e os pais de vários alunos doam os materiais para alunos provenientes de famílias de menor poder aquisitivo quando termina o ano letivo. Alguns pais revendem o material. No começo do ano a escola assegura que os alunos que tiverem falta de algum material, ou vestuário, obtenham estes objetos, a fim de que fiquem em condições de igualdade com os outros alunos.
        Diante destas explicações muito bem colocadas e esclarecedoras da docente chegamos à conclusão de que a escola tem feito o possível para que o aluno saia de um nível de pouco conhecimento para um conhecimento bem elevado da língua portuguesa. A escola está procurando corrigir as deficiências que o ensino da língua portuguesa porventura tenha apresentado. Para isto incentiva a leitura de livros a mais, não se limitando aos livros didáticos, e incentiva também que os alunos respondam a perguntas sobre os temas tratados nos livros. Além disto, a escola orienta os alunos a escreverem um diário contando suas experiências. É importante destacar que a professora não corrige os erros de português que aparecem nesses diários. Isto tem um fundamento, que é deixar o aluno à vontade, sem inibições, a fim de que possa expressar os seus sentimentos e a sua criatividade. Com isto, o aluno vai tomando gosto pela escrita e com o auxílio da leitura de livros, vai aprimorando o conhecimento da norma culta e passa a escrever textos com melhor qualidade. Outro ponto que merece destaque é o fato de a escola incentivar a interação entre os alunos , independentemente de qual seja sua classe social.  Isto faz com que os alunos que não têm muito conhecimento da norma culta, e por isto ao falar cometem deslizes, não se sintam inferiores. Também na questão de providenciar o material para os alunos pertencentes às classes menos favorecidas a escola age com muita sabedoria, pois é essencial que no ambiente escolar não haja espaço para nenhum tipo de discriminação. Então, podemos concluir que a escola está proporcionando boas condições para que os alunos consigam melhorar tanto a sua fala como a sua escrita. 

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