sábado, 17 de dezembro de 2011

Aula de português

A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, equipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, seqüestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
O português são dois; o outro, mistério.

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Plano de Aula


Centro de Ensino Fundamental
Professor: Talita Araújo, Jaqueline de Souza, Janeth dos Anjos
Série: 6 Série do 7̊ ano
Turma: A
Disciplina: Português
Data: 15/12/11

Assunto Central: As possíveis causas da falta de domínio da norma culta no ensino fundamental

Objetivos

Ajudar o aluno a ter o habito da leitura e da escrita, a identificar as variedades linguísticas, e usá-las em seus lugares apropriados.

Conteúdo

1.    Variações da oralidade da língua portuguesa.
2.    Regionalismos
3.    Transferências da oralidade para a escrita

Procedimentos

·       Apresentação

Os professores disponibilizam materiais didáticos que possam auxiliar o aluno na sala de aula.
Ex: Mostrar e pedir aos alunos que vejam vídeos específicos e charges. Façam a leitura de textos e os analisem.

·       Desenvolvimento

O professor observa a discussão dos alunos em grupo e esclarece as possíveis duvidas. Os alunos registram e apresentam as conclusões da analise feita.

·       Integração

Um grupo apresenta suas conclusões por vez. O professor e o resto da turma ouvem e registram os pontos essenciais das conclusões dos grupos e na medida do possível dão seus pontos de vista sobre aquilo que esta sendo apresentado. Por fim o professor proporciona um retorno das apresentações.

Recursos

Quadro de giz, textos, revistas, jornais, televisão e aparelho de DVD.

Avaliação

O professor avaliará o alcanço dos objetivos utilizando a seguinte lista de controle:

Ótimo - Se o grupo souber identificar onde estão no texto as variações regionais e em que regiões elas se manifestam.

Bom - Se o grupo não for capaz de identificar todas as variações regionais, mas pelo menos 70% delas.

Regular - Se o grupo não for capaz de identificar a maioria das variações regionais, mas pelo menos 50% delas.

Ruim - Se o grupo não for capaz de identificar a maioria das variações regionais, mas pelo menos 30% delas.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Nois Não Vive Sem Muié - Gilberto e Gilmar


I si o mundo revirá 
Nóis agarra no barranco
I si o carro enguiçá
Nóis arranca ele no tranco
Si o dinheiro acabar
Nóis levanta mais no banco

(Refrão)
Mais só não pode é acabar com as muié
Nóis não vive sem muié
Nois é doido por muié

Si a careca aumentar
Nóis arranja uma piruca
Si o meu time não ganhar
No juiz nóis põe a culpa
Si a vida amarga
Nóis adoça com açucar

REFRÃO

Si a canoa afunda
Nóis travessa o rio a nado
Si a enxada enferruja
Nóis carpina de machado
Si o chuveiro não esquenta
Nóis toma banho gelado

REFRÃO

Si o alicate não arranca
Nóis arranca com o dente
Si a inflação aumentar
Nóis derruba o presidente
Si a patroa esfriá
Nóis arranja outra mais quente

REFRÃO

Si o capeta aparecer
Nóis reza uma Ave Maria
I si a reza não valer
Nóis dispara na corrida
I si as pernas endurecer
Nóis enfrenta ele na briga.

REFRÃO

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Análise


A professora fala do fato dos alunos não darem o devido valor à leitura e menciona as principais causas, que são a desmotivação e indisposição, lembrando que essa motivação que ela pressupõe, não tem que vim só da escola/ aluno, professor/aluno, mas sim principalmente dos pais, pois por mais que o professor seja dedicado ao dar suas aulas, ele precisa que os pais também os incentivem, pois os filhos são o espelho dos pais, se os filhos notam desde pequenos que seus não praticam a leitura e a escrita e ainda sobrevivem, eles vão entender que então não tem muita importância para nós cidadãos.
Segundo ela, é preciso haver reformas como: aulas mais atrativas, motivações, projetos com as comunidades, sim concordo com essa questão, mas também devo lembrar que nem sempre a escola tem condições de fazer tais projetos, como por exemplo, algumas escolas públicas, assim sendo difícil não só para o professor dar suas aulas, mas também para o próprio aluno compreenda o que está se passando, infelizmente ainda é essa a realidade do povo Brasileiro.
  Ela diz que a fala deve se adequar a situação, relacionando a situação social do cotidiano, mas no caso dos alunos, como eles ainda estão em fase de aprendizagem.






A professora mostra com sua própria experiência, que a metodologia de ensino da língua materna está defasada. Ensinar os alunos que a norma culta é a correta a ser seguida, e não abranger as variações duma língua prioritariamente falada, demonstra a inibição do sistema educacional;  sistema que a cada ano vem tentando cultivar o respeito à língua e a importância da leitura. Com esses motivos soma-se o despreparo que os professores da rede de ensino do Brasil tem no tratamento das variações lingüísticas, perceptível na falta de apoio recebido pela professora com o projeto Ligando Idéias.
A tradição no que se refere à rejeição das variações poderia ser rompida há muito tempo, se não existia uma resistência das minorias em aceitar a ascensão da maioria falante da língua. O que há é uma imposição meramente social da classe altamente “culta” às classes historicamente “desprovidas de intelecto”;  restando a dúvida do que haverá por trás dessa imposição.
A escola é o primeiro terreno fértil para que a revolução no ensino da língua materna aconteça de forma eficiente, garantindo um futuro mais verossímil no  tratamento dado à língua falada.






De acordo com o depoimento de uma professora não podemos aceitar que o aluno chegue ao ensino médio sem que tenha o domínio da língua culta. Ela afirma que devido ao extenso conteúdo da disciplina Língua Portuguesa, que chega até a ter repetições, temos que esperar dos alunos que saibam se expressar na norma culta com desenvoltura e segurança. Porém, a docente não atribui nenhuma culpa da deficiência no trato da norma culta aos alunos. Segundo o seu entendimento a culpa é dos professores e para sanar o problema é necessária uma dedicação muito grande dos professores, dedicação esta associada ao prazer de ensinar. Se não houver prazer no ato de ensinar o resultado não será bom. 
        Questionada sobre a leitura, a docente explicou que incentiva seus alunos a lerem com muita frequência e a fazer um diário contando suas experiências. A professora trabalha com uma ciranda de livros, o que auxilia muito o aprendizado dos alunos, pois eles precisam ler livros de uma lista e não apenas os livros didáticos. Após a leitura, os alunos respondem a questões sobre assuntos descritos no livro. O diário tem por objetivo aumentar a criatividade dos alunos e por isto não tem os seus erros de português corrigidos. O que interessa nesta situação é fazer com que os alunos tomem gosto pela escrita. Esta atividade tem dado bons resultados, pois os alunos, com o passar dos meses, tendem a escrever um número bem maior de linhas no diário.
        Foi importante também indagar se o aluno que tem mais conhecimento da norma culta menospreza os que não possuem o mesmo conhecimento. A docente explicou que isto não acontece. Mesmo tendo alunos de diferentes níveis sociais, a escola não encontra problemas de nenhum tipo de discriminação. A escola promove a integração entre todos os alunos, independentemente de suas condições sociais e pratica a filantropia. Isto tem dado bons resultados e os pais de vários alunos doam os materiais para alunos provenientes de famílias de menor poder aquisitivo quando termina o ano letivo. Alguns pais revendem o material. No começo do ano a escola assegura que os alunos que tiverem falta de algum material, ou vestuário, obtenham estes objetos, a fim de que fiquem em condições de igualdade com os outros alunos.
        Diante destas explicações muito bem colocadas e esclarecedoras da docente chegamos à conclusão de que a escola tem feito o possível para que o aluno saia de um nível de pouco conhecimento para um conhecimento bem elevado da língua portuguesa. A escola está procurando corrigir as deficiências que o ensino da língua portuguesa porventura tenha apresentado. Para isto incentiva a leitura de livros a mais, não se limitando aos livros didáticos, e incentiva também que os alunos respondam a perguntas sobre os temas tratados nos livros. Além disto, a escola orienta os alunos a escreverem um diário contando suas experiências. É importante destacar que a professora não corrige os erros de português que aparecem nesses diários. Isto tem um fundamento, que é deixar o aluno à vontade, sem inibições, a fim de que possa expressar os seus sentimentos e a sua criatividade. Com isto, o aluno vai tomando gosto pela escrita e com o auxílio da leitura de livros, vai aprimorando o conhecimento da norma culta e passa a escrever textos com melhor qualidade. Outro ponto que merece destaque é o fato de a escola incentivar a interação entre os alunos , independentemente de qual seja sua classe social.  Isto faz com que os alunos que não têm muito conhecimento da norma culta, e por isto ao falar cometem deslizes, não se sintam inferiores. Também na questão de providenciar o material para os alunos pertencentes às classes menos favorecidas a escola age com muita sabedoria, pois é essencial que no ambiente escolar não haja espaço para nenhum tipo de discriminação. Então, podemos concluir que a escola está proporcionando boas condições para que os alunos consigam melhorar tanto a sua fala como a sua escrita. 

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A variação linguística em sala de aula: o que pensam os professores?


Entrevistas III


Professora Entrevistada: Zuleika Alves
Escola: Colégio Estadual Santos Dumont

1 – O que a senhora entende por variação linguística?

Resposta: As várias e diferentes formas de falar de uma determinada pessoa ou povo, as quais sofrem variações de acordo com as condições sociais, culturais, regionais, históricas, grau de escolaridade e ate pelas categorias profissionais.

2 – Como a senhora acha que os professores de português trabalham atualmente a questão da variação lingüística e o ensino da gramática normativa? O que pode ter mudado em relação a isso nos últimos anos?

Resposta: Partindo da realidade que temos em sala (cada turma as vezes tem uma particularidade), tento mostrar que para cada ocasião e necessário usar uma linguagem diferente. Por exemplo: O bate papo com um amigo, recheado de gírias, não pode ser o mesmo usado numa entrevista de emprego. O que mudou nos últimos anos e que os adolescentes hoje falam mais gírias, e com isso, nos professores percebemos a necessidade de encarar tal realidade com mais naturalidade, não desprezando essa linguagem que eles já trazem com eles, mais orientando as diferentes situações do seu uso.

3 – Quais as possíveis causas da falta de domínio da norma culta no ensino fundamental?

Resposta: O hábito de ler e escrever, mas principalmente o hábito de ler.

4 – Quais as conseqüências desta falta de domínio entre os alunos?

Resposta: Os alunos escrevem cada vez mais errado, pois não dominam regras básicas da escrita e não tem como hábito a leitura.

5 – A prática da leitura ajuda a desenvolver habilidades de fala e escrita em usos formais? De que forma a senhora estimula isso nos alunos?

Resposta: Como disse anteriormente, acredito que a leitura seja a base de tudo no ensino da língua. O aluno que lê muito escreve com mais facilidade e desenvolve melhor a escrita. Tenho um projeto intitulado como “A hora da leitura”, onde tiramos um dia da semana só para nos dedicarmos a ler.

6 – Professora, a senhora tem muitos alunos da periferia e do centro da cidade, que por sua vez fazem mais uso da norma culta da língua portuguesa, nestes casos existe uma certa rejeição por parte desses outros alunos que fazem amizades com aqueles?

Resposta: Não, a clientela que trabalho (adolescentes) não enfrenta essa dificuldade. Eles se relacionam bem nesse sentido.

7 – Na sua opinião, quais são os usos não padrões mais freqüentes e suas possíveis causas?

Resposta: As gírias. É comum os adolescentes usarem de uma linguagem própria para se comunicar.

Entrevistas II


Professora entrevistada: Patrícia Jardim Lobo de Carvalho Garcia
Coordenadora Pedagógica
Escola: Colégio Notre Dame 

1 – Como a senhora acha que os professores de português trabalham atualmente a questão da variação linguística e o ensino da gramática normativa? O que pode ter mudado em relação a isso nos últimos anos?

Resposta: O professor em geral, se você não incentivar, ele vai querer ensinar somente o básico. Nós tentamos mostrar para o professor que os alunos estão tão que ele tem que pegar todos os recursos possíveis, mas não somente o professor de português. Todos os professores.
Nós trabalhamos muito a gramática aplicada ao texto para incentivar o aluno a trabalhar através da leitura, da interpretação, da gramatização, o que a gente pode fazer pra incentivar na leitura ou no estudo nós fazemos.
A própria exigência dos vestibulares Nas escolas particulares, nós focamos os estudos para a preparação para a universidade, conforme ela for mudando o grau de ensino, por exemplo, se em uma das provas, ela por um gráfico numa prova de produção de texto e mandar o aluno produzir, ai nós temos que rever toda a nossa forma de trabalhar.

2 – Quais as possíveis causas  da falta de domínio da norma culta no ensino fundamental?

Resposta: Pra mim é inconcebível que o aluno não saiba a norma culta, os alunos aprendem isso da primeira a quinta série, no sexto e no sétimo ano aprendem tudo de novo, o oitavo e nono aprendem junto com a sintaxe, então é inaceitável que o aluno chegue ao ensino médio sem saber nada, e se chega à culpa é nossa, então por isso que o professor tem que trabalhar muito pra fazer valer, mas tem que fazer isso com prazer, pois, se não for com prazer não vai.

3 – A prática da leitura  ajuda a desenvolver habilidades de fala e escrita em usos formais? De que forma a senhora estimula isso nos alunos?

Com certeza. Primeiro escolhendo livros que estejam dentro do interesse dos alunos. Isso nos podemos fazer desde o primeiro ano. Aqui nós trabalhamos, do primeiro ao quinto, com a ciranda de livros, ou seja, além dos livros didáticos que eles têm que ler que estão na lista, semanalmente ou quinzenalmente dependendo da serie, o aluno tem que pegar um livro ai a gente tem uma apostila onde ali tem 25 tipos de perguntas que eles podem fazer ate mesmo ilustrativa onde a professora vai trabalhando “Desse livro você vai trabalhar os itens 2, 4, 5, 6, o outro livro os itens 1, 20, 13.” Tem coisa lúdicas, tem coisas mais de resumo, tem item que é pra fazer com a família. Então a gente incentiva desde cedo.
Outra coisa que a gente faz aqui é o diário. Todo fim de aula eles tem que escrever como foi o dia deles. Este diário a gente não corrige os erros de português. A gente percebe que no começo do ano eles escrevem somente umas três linhas no diário. No final eles já estão escrevendo umas 10 11 linhas e colocando as emoções deles, o que eles acham disso. Então a gente acha que é muito importante trabalhar com a criatividade no dia a dia deles.

4 – Professora, a senhora tem muitos alunos da periferia e do centro da cidade, que por sua vez fazem mais uso da norma culta da língua portuguesa; nestes casos existe uma certa rejeição por parte destes outros alunos em fazer amizade com aqueles?

Resposta: A nossa escola é filantropia, então nós recebemos todos os tipos de publico, mas em nenhum momento existe uma diferenciação, pelo contrario, a gente trabalha até com políticas. Vai chegando final de ano, os pais que querem doar os materiais nós aceitamos, tem pais que revendem. No outro ano, aluno chega, acabou o mês de fevereiro ele está sem livro, descobrimos que é filantropia, então a gente começa a dar livros, percebemos que ele só tem uma blusa de uniforme, a gente da outro uniforme. Nós fazemos isso justamente para que ele tenha todos os materiais que qualquer aluno tenha. 



um certo homem que morava na cidade sentiu vontade de sentir o cheiro do mato. Ao chegar no interiorzinho onde vivia seu compadre Bastião, foi encontrá-lo na roça. depois de muitas conversas resollveu brincar de antônimo com o compadre Bastião:
_Compadre sabe o que é antônimo?
_num sê não.
_É o oposto, vou dar uns exemplos. O antônimo de gordo é magro, de fraco é forte, de rico é pobre. Entendeste?
_Agora eu já sê cumpade! E vou lhe proguntar:
_Ocê sabe o antônimo de fumo?
_mas... fumo não tem antônimo, fumo é o que você planta.
_É não sô... o contrário de FUMO é VORTEMO.
_É se é assim então voltemos nós.

www.mundoletras2009.blogspot.com

Português Carioquês Paulistanês Gauchês Cearensês Mineirês Brasiliês
Oi tudo Bem? Belheaza Eae, firmeza? Tudo tri? Oxe, aídentro! Opacetabão? Eae de boa?
Entendeu? Inteandeu? Tá ligado? Compreendes? Visse? Cêôviu? Sacou?
Futebol De Mesa Totó Peimbolim Boca-Lôca Pebô Totó Totó³
Garota Mulezinha Mina Guria Dona Moça Mina
Você é um fanfarrão! Autoixx Vaciloixx ae... Ae mano cê um vacilão meu! Tu fazes só merda! Abestado! Cê é mó cuzão fi... Zé Buceta!
Mentira Caô Léro Trova Lambança Causo Caô
Você Tu Tu Tu ôce Tu
Legal Manieeeeaaruo Da Hora/À Pampa Tri Só a Massa Trembão Só o Ouro
amigo bróderrr/léaixxki mano/chapa bruxo Mah, Macho Fi, cumpadi brodi
Oi, amigo como estás? Coé mermão? Qué qui tá pegando na parada, aí? E ae manô? Tudo cerrrto meu? Buenas Tchê, tudo tri? Ei Mah ei, todo mais ou menos, mah? ôôôôfi! cetá baum sô? E ae véi, só na manha?
Isto é um assalto! Não se mexa! Ae preiboy! Perdeau! Perdeau mané! Passa tudo ae mano! Fica queto meu! Levanta os braços e te aquieta, tchê! Ei galego, passa a grana agora, visse? Ess'trem é um assaltu uai! Fica quetim sô... Tô pedindo uma contribuição para o projeto...
www.desciclopedia/wiki.com

terça-feira, 29 de novembro de 2011

António Alfacinha











Diferentes tipos de Assaltantes



ASSALTANTE BAIANO

Ô meu rei... ( pausa )
Isso é um assalto... ( longa pausa ) 
Levanta os braços, mas não se avexe não..( outra pausa ) Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado .. 
Vai passando a grana, bem devagarinho ( pausa pra pausa ) 
Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado. 
Não esquenta, meu irmãozinho, ( pausa ) Vou deixar teus documentos na encruzilhada .

ASSALTANTE MINEIRO 

Ô sô, prestenção issé um assarto, uai. Levantus braço e fica ketin quié mió procê. 
Esse trem na minha mão tá chein de bala.... Mió passá logo os trocados que eu num tô bão hoje. 
Vai andando, uai ! Tá esperando o quê, sô?!

ASSALTANTE CARIOCA 

Aí, perdeu, mermão 
Seguiiiinnte, bicho 
Tu te fu. Isso é um assalto . 
Passa a grana e levanta os braços rapá . 
Não fica de caô que eu te passo o cerol.... 
Vai andando e se olhar pra tras vira presunto 

ASSALTANTE PAULISTA 

Pô, meu ...
Isso é um assalto, meu
levanta os braços, meu . Passa a grana logo, meu
Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pra
comprar o ingresso do jogo do Corintian, meu . Pô, se manda, meu

ASSALTANTE GAÚCHO 

O gurí, ficas atento Báh, isso é um assalto
Levanta os braços e te aquieta, tchê !
Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade, tchê.
Passa as pilas prá cá ! E te manda a la cria, senão o quarenta e quatro fala.

ASSALTANTE DE BRASILIA e Cia.)

Querido povo brasileiro, cumpanheiros e cumpanheras, estou aqui no horário nobre da TV para dizer que no final do mês, aumentaremos as seguintes tarifas: Energia, Água, Esgoto, Gás, Passagem de ônibus, Imposto de renda, Lincenciamento de veículos, Seguro Obrigatório, Gasolina, Álcool, IPTU, IPVA, IPI, ICMS, PIS, COFINS... 

A tecnologia do abraço por um matuto mineiro


O matuto falava tão calmamente, que parecia medir, analisar e meditar sobre cada palavra que dizia...
- É... das invenção dos homi, a que mais tem sintido é o abraço. O abraço num tem jeito di um só aproveitá! Tudo quanto é gente, no abraço, participa uma beradinha... Quandu ocê tá danado de sodade, o abraço de arguém ti alivia... Quandu ocê tá cum muita reiva, vem um, te abraça e ocê fica até sem graça de continuá cum reiva... Si ocê tá feliz e abraça arguém, esse arguém pega um poquim da sua alegria.... Si arguém tá duente, quandu ocê abraça ele, ele começa a miorá, i ocê miora junto tamém... Muita gente importante e letrado já tentô dá um jeito de sabê purquê qui é, qui o abraço tem tanta tequilonogia, mas ninguém inda discubriu... Mas, iêu sei! Foi um ispirto bão de Deus qui mi contô.... Iêu vô contá procêis u qui foi quel mi falô: O abraço é bão pur causa do Coração... Quandu ocê  abraça arguém, fais massarge no coração!... I o coração do ôtro é massargiado tamém! Mas num é só isso, não... Aqui tá a chave do maió segredo de tudo:

É qui, quandu nois abraça arguém, nóis fica cum dois coração no peito!...   
                        INTONCE... UM ABRAÇU PRÔ CÊ QUI É MEU AMIGU !!!! 

http://institutodelinguaviva.blogspot.com/



Esta tabela foi tirada do blog : http://institutodelinguaviva.blogspot.com/

Quem puder entrar verá muitas outras coisas, boas, relacionada ao nosso Curso de Letras.

Chico Bento





Chico Bento





sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Entrevistas I


        
Professora entrevistada: Maria Aparecida de Morais Rosales
Disciplina: Português
Escola: Centro de Ensino Fundamental 05 – Sobradinho 1 


1 – Na sua opinião, você acha que os jovens que concluem o ensino fundamental dominam os processos de leitura e escrita?


Resposta: Não, principalmente leitura. Os alunos não vêem com atenção devida e esperam que s os professores interpretem o texto por eles.
Causas: desmotivação, indisposição. São incentivados em 100% a leitura.


2 – O ensino de língua Portuguesa recebe muitas críticas; os professores podem ser responsabilizados por isso? Por quê?


Resposta: Não, os professores não são culpados, o próprio sistema é culpado na verdade. A escola deve ser representada, tudo deve ser representado, reestruturado e o ensino deve mudar toda a sua estrutura. Precisam haver reformas como: aulas mais atrativas, motivações, projetos com as comunidades.
Segundo ela o “mundo” fora da escola tem uma variedade de coisas que atraem os alunos e poderiam ser inseridas nas escolas fazendo com que os alunos se interessassem mais pelo ensino, relacionado com o “mundo lá de fora”.
Ela cita um projeto de sua autoria: “Ligando idéias que é um projeto interdisciplinar entre ciências, arte e Português que juntos trabalham a cidadania (drogas, violência e meio ambiente).
Trabalhando esses temas com os alunos eles têm mais conectividade com a comunidade, se mostram mais interessantes em sua opinião.  


3 – Como você lida com a variação linguística em sala de aula? Em sua opinião, essa questão ainda precisa ser melhor discutida?


Resposta: A disciplina PD1 que fez parte do projeto “ligando idéias”. Ensina o aluno a relação entre o certo e errado, ela explica aos alunos que a fala é adequada à situação, no começo eles não entendiam muito bem, mas, hoje a maioria já entende.
Citou o exemplo em que um jogo de futebol você fala de um jeito, com a presidente Dilma será de outra maneira.
PD1 (parte diversificada do currículo).


4 – Para você o que seria “preconceito linguístico”. Você acha que o brasileiro não sabe falar Português? O brasileiro sabe Português?


Resposta: Sim, porque é a opinião dele, o preconceito lingüístico existe sim talvez por culpa da gramática. Mas como disse antes a fala deve se adequar a situação, relacionando a situação social do cotidiano.


5 – Na sua visão, quais são os (...) mais frentes no ensino fundamental (tanto na escrita, quanto na fala)? Quais seriam as possíveis causas?


Resposta: Os alunos usam mais a linguagem coloquial nos dois processos, visto que, a tendência é se escrever como se fala na cabeça deles.


6 - A cultura brasileira nega a legitimidade de determinadas variedades lingüísticas, rejeitando algumas manifestações lingüísticas por considerá-las sintomas de falta de inteligência. A tradição poderia estar relacionada com essa rejeição. Por quê?


Porque a gramática é tida como a certa a ser seguida; sendo inflexível. A variação lingüística é flexível, dando a adequação da fala de acordo com a situação social e regional. Pois a gramática, na cabeça das pessoas é a correta e deve ser seguida.
Obs.: Em relação ao projeto “Ligando idéias”, ela disse que quando iniciou esse projeto, procurou alguns professores para participar; sentiu resistência por parte deles e muitos não se interessaram, então, na sua opinião, o próprio sistema educacional desmotiva os professores, que cumprem apenas o seu papel de forma restante (que é claro dar aula).



domingo, 13 de novembro de 2011

ABC DO SERTÃO (legendado).wmv

SAUDOSA MALOCA - ADONIRAN BARBOSA & DEMÔNIOS DA GAROA -SP

Adoniran Barbosa - Samba do Arnesto

Variações linguísticas

Língua Portuguesa: Níveis de Língua


Variação Linguística no Ensino Fundamental entre Docentes

Introdução

Ao longo dos anos, pesquisadores da área da linguagem, ou seja, linguístas vem desenvolvendo métodos científicos com o objetivo de retratar fenômenos da variação linguística que ocorrem em diferentes regiões brasileiras. Os resultados dessas investigações demonstram que a língua portuguesa usada no Brasil não é uniforme, mas constituída de muitas variedades.

Os resultados dessas pesquisas orientam o Ensino Fundamental a indicação de que sejam trabalhadas questões de variação linguística em sala de aula.

Fazer uso de diferentes registros, inclusive os mais formais da variedade linguística valorizada socialmente, sabendo adequá-los às circunstâncias da situação comunicativa de que participa.

Além disso, se espera que o aluno seja capaz de verificar as diferentes variedades do português, espera-se não só que o aluno conheça as variedades da língua materna, mas que também detenham o preconceito que existe entre as formas populares em oposição às formas utilizadas por grupos de pessoas mais prestigiados.

Objetivo

 Esse tema já é abordado em conteúdos da língua portuguesa para concursos públicos, mas são poucos os desenvolvimentos voltados para as questões pedagógicas, a questão de como está sendo usada em sala de aula a variação linguística por professores no Ensino Fundamental. Este assunto é bastante complexo, esses diferentes modos de falar se correlacionam com fatores sociais como lugar de origem, idade, sexo, classe social, grau de instrução etc. Toda língua é um feixe de variedades. Se não forem abordados de forma adequada, não vão promover a conscientização e a evolução da cidadania, mas sim o constrangimento e o preconceito. Por isso é fundamental que a escola conheça e trabalhe com as variedades linguísticas, sejam de prestígio ou as variedades usadas pelos alunos no seu dia-a-dia.

Como nosso objetivo de estudo, pretendemos responder as seguintes questões sobre variação: que tipos de condutas pedagógicas são utilizadas pelos professores do Ensino Fundamental para ensinar a variação linguística, como variedades populares, de prestígio, normas, dialetos, gírias, preconceitos, bem como as variantes dos alunos? De que modo o professor se coloca quando os alunos fazem uso de variedades tachadas?

Considerando esses fatos e pesquisas que defendem que o ensino de língua deveria ter como objetivo principal desenvolver a capacidade do aluno de utilizar a linguagem em diversas situações comunicativas, o presente trabalho tem por objetivo analisar e refletir sobre o ensino da língua portuguesa, considerando as variedades linguísticas existentes, o processo de letramento e o trabalho do professor diante do "caos linguístico".


Metodologia


O tema central da pesquisa é “Variação linguística no ensino fundamental” com base neste assunto o desenvolvimento do trabalho se deu da seguinte forma:
Pesquisa – Foi feita uma pesquisa nos quais aprofundaram conhecimentos e deram ópticas diferentes para analise da perspectiva abordada no ensino fundamental sobre a variação linguística e como é aplicada no método de ensino atual nas escolas de diferentes níveis sociais.
Pesquisa de campo – foi desenvolvido um questionário com perguntas direcionadas em forma de entrevista para elucidar as informações adquiridas anteriormente nos livros e deixar clara a visão dos professores que trabalham com o tema e como aplicam no ambiente escolar. Apresentada um questionário contendo perguntas que esclarecessem como a variação linguística era tratada no ensino fundamental.
Entrevista – teremos como propósito fazer entrevistas com docentes de português do ensino fundamental a respeito de suas opiniões relacionadas à variação linguística. Buscaremos saber se o professor ou a escola possui um método de ensino para incentivar a leitura e a escrita dos alunos.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Apresentação



Nós somos o grupo 04 do curso de Letras da Unip/Brasília.



Nosso blog tem como objetivo divulgar o trabalho feito dentro do Projeto Variação Linguística e Ensino, sob a orientação da Professora Nívia Lucca.



O Projeto é formado também pelos trabalhos desenvolvidos pelos outros grupos, cujos links encontram-se na lateral.



Os participantes do nosso grupo são: Ana Claudia Silva de Almeida, Ana Lucia Marçal da Silva, Aureliana Ferreira Moura, Bruno Eduardo Ferreira Nascimento, Denise Maria Leite Maciel, Elizete Maria Malveira Oliveira, Janeth dos Anjos Lima, Jaqueline de Souza, Letícia Barbosa Caetano de Souza, Rayane Aparecida Santos de Oliveira, Renato Paiva de Sousa, Talita Almeida de Araujo.



Neste trabalho mostraremos como é abordada a variação linguística no ensino fundamental, mostrando o uso não padrão mais frequente de acordo com os educadores.